A Prefeitura de Santos confirmou na noite de segunda-feira a primeira morte por dengue na Cidade. A vítima é um senhor de 76 anos que teria sido internado na Beneficência Portuguesa no mês passado. Segundo a Administração Municipal, o resultado do exame enviado para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, deu positivo para a doença. Nenhuma outra informação sobre o paciente foi repassada.
O idoso morreu aproximadamente uma semana depois da adolescente Mayara da Silva de Oliveira, de 16 anos. A jovem morava na Vila Santa Casa, na Encruzilhada, e teve a doença atestada como causa do óbito. Entretanto, um mês depois, a Prefeitura ainda não tem o resultado do exame para confirmar a situação.
Outras mortes possivelmente causadas pela dengue ainda aguardam confirmação na Baixada Santista. São duas mulheres de São Vicente, uma morava no Catiapoã e a outra na Vila Margarida, e uma da cidade do Guarujá. A senhora de 56 anos, moradora de Morrinhos 3, faleceu na semana passada e apresentava sintomas da doença, embora já tivesse outras preexistentes.
Forte epidemia
Santos acumula 3.295 casos confirmados de dengue. O número aumentou quase 40% em uma semana e representa mais de a metade do registrado no mesmo período de 2010 (5.641), quando a Cidade viveu uma das maiores epidemias da doença.
Hoje, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) começou o serviço de nebulização, conhecido como fumacê. O inseticida será aplicado em um equipamento semelhante a uma mochila, na qual o produto fica armazenado. O agente faz a nebulização por meio de jato, não sendo necessário o uso de carros.
A chefe do Departamento de Vigilância em Saúde na cidade de Santos, Carolina Ozawa, explica que o objetivo é matar as fêmeas do Aedes aegypti infectadas com o vírus. “A intenção é iniciar os trabalhos no Macuco e Encruzilhada, onde verificamos armadilhas mais reincidentes e maior número de casos notificados e positivos, com transmissão nas últimas duas semanas”.
Ela destaca que a nebulização só atinge o objetivo quando feita em áreas não verticalizadas, ou seja, sem grande concentração de edifícios.
A ação é uma parceria entre a SMS e a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), do Governo do Estado. A aplicação do inseticida especial segue protocolo determinado pela Sucen, que é a fornecedora do produto.
O critério para definir os locais que receberão a nebulização é o monitoramento feito pelas 438 armadilhas distribuídas na Cidade. A Prefeitura tem 15 agentes especializados no serviço e terá apoio de 24 técnicos da Sucen.
O produto será aplicado nas áreas externas dos imóveis. A orientação é para que as pessoas fiquem 20 minutos afastadas da área onde o inseticida é espalhado. Animais de estimação também devem ser retirados e as roupas, recolhidas dos varais.
Fonte: A Tribuna