Professores da Unifesp voltam a trabalhar em Santos

As universidades federais de todo o país voltaram a funcionar normalmente na terça-feira (18). Os professores universitários encerraram a greve que durou quatro meses. A paralisação dos funcionários das universidades federais foi a mais longa da história do ensino superior do Brasil. Apenas duas unidades não aderiram ao movimento.

Os alunos das unidades da Unifesp em Santos, no litoral do estado de São Paulo, esperam que o ensino não seja prejudicado e que possam recuperar o tempo perdido. “A gente vai tentar resgatar com eles os principais temas, para que a gente possa a partir daí retomar o conteúdo de uma maneira satisfatória e para que eles possam ter um aproveitamento em cima disso”, explica o professor Odair Aguiar Junior.

Os estudantes do campus da Rua Silva Jardim estavam ainda mais tempo sem aulas já que, em abril, eles foram transferidos do local depois que uma forte chuva atingiu o prédio e danificou as estruturas. A estudante Barbara Militello disse que não lembrava mais o caminho da sua sala de aula. “Onde é que é minha sala mesmo? Eu já não lembrava mais. Voltar é muito bom”, diz Barbara.



A presidente da Associação dos Docentes da Unifesp, Virginia Junqueira, explica que a paralisação resultou em diversos benefícios para a categoria. “Nós conquistamos treze níveis com cargo de títular integrado na carreira. E, conquistamos também, uma reposição da inflação futura por três anos”, diz Virginia.

A previsão é que as aulas nas unidades da Unifesp em Santos sejam repostas até março do ano que vem. O calendário da universidade só deve voltar ao normal em 2014. As férias de verão foram canceladas e os alunos terão apenas um recesso entre os dias 22 de dezembro a 6 de janeiro.

A diretoria da Instituição confirmou que haverá novas turmas no início do próximo ano letivo. A vice-diretora da Unifesp na Baixada Santista, Sylvia Batista, disse que o vestibular irá acontecer normalmente. “Nós não iremos ter qualquer impacto a não ser efetivamente o início das nossas atividades acadêmicas”, explica.

Fonte: G1